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A qualidade de nossos representantes está diretamente ligada à nossa educação. Como o sistema educacional vem se deteriorando rapidamente e poucas vozes se levantam para deter esse processo, é lógico pensar que o distanciamento das nossas representações políticas tem tudo haver com isso. É um ciclo vicioso: pessoas despreparadas escolhendo despreparados para governar. Resolvemos então começar de algum lugar, ou seja, iniciando uma campanha para mudar a nossa forma de votar.
Básico para a democracia é o direito de escolher. E abster-se também é escolher. Além do que daria chance para as pessoas que sabem “ler” depurar um pouco a casta política. Não podemos esperar que um sistema político que se mantém a partir da ignorância e do analfabetismo tome, de um dia para o outro, a iniciativa de investir mais na construção de escolas e nos recursos necessários ao magistério.
A partir do voto não obrigatório haveria mudanças na postura de quem vota e de quem se candidata. Não adianta sonharmos que qualquer mandato presidencial, seja em quatro ou oito anos, mude milagrosamente a balança social a favor da maioria desfavorecida. Nosso dever como cidadãos é buscar a integração da maioria nos processos decisórios da Nação. E para isso precisamos querer (voto voluntário) e precisamos poder (educação).
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